terça-feira, 29 de abril de 2008

Reinventadas I

Depois da tempestade sempre vem a tempestade...

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Desconexo navegar de palavras

E eu fico por aqui. Bem aqui. Esperando um não-sei-o-quê. Só sei que espero. Talvez seja um oi, um alô, um te ligo meu bem, um adeus (Claro que isso não). Mas nada acontece. Onde está a estima? Fica tudo tão. Ah! A fase do tão. Tão silencioso. Tão vazio. Tão distante. Só depois a fase do mais. Quieto demais. Invisível demais. Imprevisível demais. Como se não houvesse vida ou ela tivesse se esvaído pelas finas mãos de quem cultiva um segredo. Sentimento? Algum? Tem quem que haver algum. Até os rudes os têm. E onde eles estão? Psiu! Talvez seja mesmo um segredo. Sentimento-segredo. Ou é medo de se revelar... E se esconder para quê? Não temos todo o tempo do mundo (Ele não! Deixe o fora disso. Não o culpe). A vida é para ser vivida (De novo ela). E isso é simples sim. Nós a complicamos. Imbuímos tudo de príncipios (O princípio é a norma?). Tentamos profetizar o futuro. Mas é o tempo o senhor soberano de tudo (Pronto, não tem como deixá-lo de fora disso). Ele é o soberano. Manda e desmanda na gente, meu bem. Não adianta. Estamos à mercê dele. A deriva no grande barco. Empurrados para onde ele nos leva. Conduzidos pelos ventos. E só então percorremos o oceano até chegar a terra firme. Não se engane, meu bem. Oceano não separa. Nos conduz à terra. Porque tudo é caminho. Basta querer que seja. Mas isso não depende só de mim. Depende de você também. O barco é grande demais para ser conduzido sozinho. É preciso que alguém olhe as velas, vejas as cartas, me oriente ou me desoriente. Que seja. Que a vontade seja feita. Porque tudo que eu quero é navegar. Navegar por inteiro. Ser totalmente inteira. Não há meio (Ou há?Ele não é apenas a mensagem?). Só existe o inteiro. Nada de se preocupar. Chegaremos inteiro ao outro lado. Basta navegar ao meu lado. Ser companheiro. Confiar. E juntos chegaremos. Enquanto isso, eu fico por aqui. Bem aqui. Esperando um não-sei-o-quê. Talvez seja o vento começar a soprar e me levar para ali. Fazer balançar as velas. Assanhar-me os cabelos. Ninar-me enquanto a lua é alta. Embalar os doces sonhos de quem muito sonha e tão pouco os realiza. Mas isso quem decide é o tempo senhor soberano. Então, que ele se faça presente. Não. Esqueça definitivamente essa história de passado.Também não é futuro. Vou repetir ,meu bem. Para que não esqueça. Não esqueça da frase. E só assim lembre-se de mim. Que o tempo se faça presente. Conseguiu entender? Que o tempo se faça presente. Deixe nos conduzir. Permita ser conduzido.

sábado, 19 de abril de 2008

Tão, tão, tão distante...

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Direcionadas 3

Em um mundo que se fez deserto, temos sede de encontrar companheiros. [O pequeno príncipe, de Antoine de Saint Exupéry]

terça-feira, 15 de abril de 2008

Mundo múltiplo

Para enxergar claro, bastar mudar a direção do olhar. [Antoine de Saint-Exupéry]


Abriu os olhos num despertar instantâneo. Tudo era diferente. Tudo parecia, há um instante, tão distante... O mundo não era mais azul. Era agora multicolorido. Múltiplo. De uma multiplicidade não apenas de cores, mas de formas, tamanhos, cheiros, sabores, pensamentos, palavras, ventos. Já não via mais do mesmo jeito. Tampouco sentia as coisas da mesma forma de outrora. Era como se tivesse amadurecido tudo nos meses em que a cegueira tomara-lhe conta da alma, do corpo e do coração.

A vista ainda falhava, ficava meio turva. Mas não se desesperava mais. Tão logo lembrava da dor e do sofrimento, ficava ali quietinha... Esperando tudo passar. Porque um dia tudo passaria. Talvez nem se lembrasse do que acontecera ou do que deixara de acontecer. Ou pior: lembraria, mas fingiria esquecer. Torceria o nariz e diria "Ah! Mas isso nunca aconteceu comigo! Lembro que aconteceu com a amiga da cunhada da prima da vizinha. Comigo nunca." E o nunca ressoaria a sua aparente indiferença. Tão fingida! Ganharia um prêmio de melhor atriz. Conhecia seus comportamentos. Seria assim mesmo: indiferente. Afinal, a indiferença é a melhor maneira de massacrar os inimigos. Só não sabia ainda quem os eram.

O importante era que estava viva e enxergava um novo mundo e um novo caminho. Também não mais esperaria pela companhia certa para iniciar aquela jornada. Não nascera sozinha? Todos não queriam estar sozinhos? Ora, então que caminhasse só... Quem sabe no meio do nada, topasse e achasse um alguém quase tudo.

sábado, 12 de abril de 2008

LA QUE CAMINA












Gabriela Mistral
(Vicuña, 7 de abril de 1889 - Nova Iorque, 10 de janeiro)


Aquel mismo arenal, ella camina
siempre hasta cuando ya duermen los otros;
y aunque para dormir caiga por tierra
ese mismo arenal sueña y camina.
La misma ruta, la que lleva al Este
es la que toma aunque la llama el Norte,
y aunque la luz del sol le da diez rutas
y se las sabe, camina la Única.
Al pie del mismo espino se detiene
y con el ademán mismo lo toma
y lo sujeta porque es su destino.

La misma arruga de la tierra ardiente
la conduce, la abrasa y la obedece
y cuando cae de soles rendida
la vuelve a alzar para seguir con ella.
Sea que ella la viva o que la muera
en el ciego arenal que todo pierde,
de cuanto tuvo dado por la suerte
esa sola palabra ha recogido
y de ella vive y de la misma muere.

Igual palabra, igual, es la que dice
y es todo lo que tuvo y lo que lleva
y por su sola sílaba de fuego
ella puede vivir hasta que quiera.
Otras palabras aprender no quiso
y la que lleva es su propio sustento
a más sola que va más la repite
pero no se la entienden sus caminos.

¿Cómo, si es tan pequeña la alimenta?
¿Y cómo si es tan breve la sostiene
y cómo si es la misma no la rinde
y a dónde va con ella hasta la muerte?
No le den soledad por que la mude,
ni palabra le den, que no responde.
Ninguna más le dieron, en naciendo,
y como es su gemela no la deja.

¿Por qué la madre no le dio sino ésta?
¿Y por qué cuando queda silenciosa
muda no está, que sigue balbuceándola?
Se va quedando sola como un árbol
o como arroyo de nadie sabido
así marchando entre un fin y un comienzo
y como sin edad o como en sueño.
Aquellos que la amaron no la encuentran,
el que la vio la cuenta por fábula
y su lengua olvidó todos los nombres
y sólo en su oración dice el del Único.

Yo que la cuento ignoro su camino
y su semblante de soles quemado,
no sé si la sombrean pino o cedro
ni en qué lengua ella mienta a los extraños.

Tanto quiso olvidar que le ha olvidado.
Tanto quiso mudar que ya no es ella,
tantos bosques y ríos se ha cruzado
que al mar la llevan ya para perderla,
y cuando me la pienso, yo la tengo,
y le voy sin descanso recitando
la letanía de todos los nombres
que me aprendí, como ella vagabunda;
pero el Ángel oscuro nunca, nunca,
quiso que yo la cruce en los senderos.

Y tanto se la ignoran los caminos
que suelo comprender, con largo llanto,
que ya duerme del sueño fabuloso,
mar sin traición y monte sin repecho,
ni dicha ni dolor, nomás olvido.



terça-feira, 8 de abril de 2008

Documentário da Rosalina é selecionado para o 18° Cine Ceará

O documentário Rosalina: uma comunidade em construção (Documentário, Brasil, 2007, 20min), produzido por Sophie Guérin, da Alternatives Canadá, em parceria com a Associação Alternativa Terrazul, acaba de ser selecionado para participar do 18° Cine Ceará.

O curta-metragem será exibido durante a Mostra Ceará, no próximo dia 14 de abril. As sessões ocorrem na Sala 2 do Espaço Unibanco, em duas sessões: às 14hs e às 16hs. A comunidade da Rosalina irá ao evento prestigiar o documentário. Um ônibus irá levar os moradores até o local de exibição do curta

Rosalina: uma comunidade em construção mostra os desafios e perspectivas da comunidade da Rosalina, localizada no Parque Dois irmãos, que adotou a agenda 21 como instrumento para a construção de uma forma sustentável de vida. Retrata ainda sonhos que aos poucos se tornam realidade. O conjunto habitacional que aos poucos vai ganhando forma e alimentando a esperança de uma moradia digna; a cooperativa da comunidade – Rosacoop- que já é um sonho realizado e o restaurante popular são alguns exemplos.

Para reconstruir a história das lutas e sonhos da Rosalina, Sophie Guérin, cineasta canadense, passou três meses na localidade, acompanhando de perto as reuniões de rua, as atividades culturais e os seminários (um deles contou com a presença do teólogo Leonardo Boff).

A canadense acredita que a política ambiental é uma boa via para sensibilizar a população. Além disso, Sophie aposta também no cinema social. “Eu gosto muito de fazer cinema social, dessa educação popular. Um documentário é uma boa maneira de fazer sensibilização”, destaca a cineasta.
A comunidade da Rosalina nasceu em 1996, quando mil e quinhentas famílias ocuparam um terreno e passaram a construir suas moradias. Para adquirir uma cópia do documentário, basta entrar em contato com a Associação Alternativa Terrazul pelo telefone 3281-0246 ou através do e-mail:
alternativa.terrazul@terra.com.br.



SERVIÇO: Exibição do documentário Rosalina: uma comunidade em construção (Documentário, Brasil, 2007, 20min), dia 14 de abril, na sala 2 do Espaço Unibanco, em duas sessões: às 14hs e às 16hs. O Espaço Unibanco fica na Rua Dragão do Mar, 81 - Praia de Iracema - Fortaleza - Ceará - Brasil

Mais informações na Associação Alternativa Terrazul pelo telefone 3281-0246


Veja uma prévia do documentário aqui: