sábado, 30 de agosto de 2008

Assim que puder

Finalmente encontrei Júbilo Memória Noviciado da Paixão, de Hilda Hist, numa livraria daqui. Corria os dedos pela estante, distraindo-me vendo o titulo dos livros. Foi aí que o encontrei. Está lá me esperando na Arte e Ciência.Compro assim que puder (só espero que ainda tenha). Tem um verso dele que sempre me é lembrança...

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"A minha Casa, Dionísio, te lamenta
E manda que eu te pergunte assim de frente:
À uma mulher que canta ensolarada
E que é sonora, múltipla, argonauta

Por que recusas amor e permanência?"

[Trecho do poema III de Ode Descontínua e Remota para Flauta e Oboé. De Ariana para Dionísio. Do livro Júbilo Memória Noviciado da Paixão. Musicado por Zeca Baleiro]

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Senhor soberano


É ele quem me bate a porta todas as manhãs e me desperta bruscamente com a voz grave dos sábios. Acordo atônito sob o olhar de quem sempre me espera uma maior rapidez no despertar. És um senhor tão bonito... Lembra-me o quanto é tarde e, olhando-me altivo, me diz uma palavra qualquer de desdenho.

A sisudez se desfaz tão logo que me toma a mão. Acaricia-me e consola o meu choro contido. Sabe que ainda sinto saudades da Terra do Nunca. Não tenho mais o mesmo tempo que passou. Lá, pelo menos, conseguia driblá-lo e fugir, ainda que aquele horroroso crocodilo me atormentasse os ouvidos e fizesse lembrar-me da minha condição humana. Tic-tac. Tic-tac. Tic-tac. Tempo. Terra do Nunca: nunca mais.

Nunca é um período muito longo. Longo demais para quem deseja viver. Era necessário. Precisava sair dali e ganhar o mundo. Não temos tempo a perder. Ah! Tempo. Sinto saudades de fato. Mas quem não sente? As brincadeiras, as conversas à toa, as peraltices de um momento que não volta nunca mais. Aprende-se cedo. O tempo não pára.

Tempo. É ele o senhor soberano da vida. É ele quem determina a hora certa para as coisas acontecerem. Estamos à mercê dele. Tutelados por ele. Pela vida inteira. E se o hoje não deu certo, é certo que haverá um amanhã. Falta um tanto ainda, eu sei. É só ter paciência e esperar

sábado, 23 de agosto de 2008

Trechos de uma carta inacaba III

"Não sei em que parte do caminho você largou a minha mão e se recusou em seguir adiante... Espero que eu não tenha estragado as coisas. Eu sempre estrago tudo. Ou será que você não entendeu o que eu disse? Talvez tenha sido isso. É que falo assim baixinho mesmo. Não sei gritar. Mas faço qualquer esforço para falar alto e firme. Talvez você me entenda. Como sempre tem me entendido... Talvez eu é que não tenha te entendido. Nunca tenha te decifrado. Achei apenas que você quisesse seguir aquele caminho..."

sábado, 9 de agosto de 2008

Do tempo


Tempo
P
ára

M
udanças

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Trechos de uma carta inacabada II

"Foi você quem me trouxe de volta o desejo. Ou melhor, os desejos. Aprisionados. Escondidos. Incompletos. Insatifeitos. Prontos para serem realizados por inteiro..."

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Trechos de uma carta inacabada

"Olho para você. Disfarço insdifarçadamente. Quero que você abra os olhos e me encare. Veja o que eu vejo. Perceba que tudo que sempre digo é sincero. Não posso me revelar por inteiro. Não agora. Faz parte da sedução. Só não vire o rosto. Mantenha o olhar firme e descubra um novo horizonte. Não adianta fingir que nada está acontecendo. Sim, está acontecendo. É dificil para mim também. Mas quem disse que há algo fácil nessa vida? Só não esqueça que a vida é fácil. "'Nós que a complicamos'".

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Pensamentos soltos 5

Introspectiva.
Vou pensar na vida.
Volto depois
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