sábado, 26 de setembro de 2015

Não há sonhos


Deito a cabeça e não me permito mais sonhar
A escrotice dos homens derreteu as asas de Ícaro 
No voo alto da paixão
Coleciono quedas
Coleciono cicatrizes
Coleciono desilusões

domingo, 9 de agosto de 2015

Paixonite - Poema I



A paixão quer morada
Já não posso resistir em fechar a porta
Porque os desejos e os sonhos me fazem abrir janelas
A paixão vem em calmaria
Traz o cheiro da vida misturado ao cheiro do amor
A vida sorri novamente
Quero sorrir também

sexta-feira, 19 de junho de 2015

A caminho do Rio

A ansiedade reside em mim.
Quero tocar os teus lábios 
Sorver o teu gosto
Enquanto a minha língua prende a tua.
Quero sentir a paixão invadindo o meu corpo.
O fogo a me consumir.
Quero gozar e sentir o teu gozo.
Amantes ofegantes pelo fim do longo período de ansiedade 


***

domingo, 17 de maio de 2015

Entre transas.

Teus olhos fixam silenciosamente sobre mim. Fico insegura. Não sei o que querem dizer. Digo qualquer coisa para ver se você responde. E você apenas continua a me observar. Dá de ombros. Vejo que não quer responder. A insegurança aumenta e me despertar um turbilhão de ideias. Penso que você a qualquer momento vai pedir para terminar com aquilo. Nada mais de encontros ao fim do expediente. Afinal, você tem mulher e filhos e eu sou apenas diversão. 

Vejo você acender um cigarro e soprar a fumaça vagarosamente. São momentos de tensão. Pergunto se vamos pernoitar naquele quarto de motel. É tarde. O cansaço da sexta-feira toma conta do meu corpo. Você diz que prefere ir para casa. Não sabe que desculpa inventar para a esposa. Ela anda desconfiada. Melhor não vacilar por coisas pequenas. 

Começo a recolher minhas roupas e me pegunto se o que acontece entre nós são coisas pequenas. Aliás, me pergunto se existe um nós. Ele diz então que não devo esperar nada em troca. Que eu aceitei aquela situação desde o começo. Concordei com aquilo tudo.

Concordo com tudo. Não quero perdê-lo. Peço desculpas. Minto e digo que isso não se repetirá mais. Volto para a cama para abraça-lo. Ele me abraça de volta. Corre a mão pelo meu corpo, até chegar ao meu sexo. Diz que quer mais. Me sinto usada tal qual um objeto. Ele ignora meus sentimentos em busca do seu prazer. Transamos. Ele me penetra, mas não estou ali. Estou a pensar se aquilo ali vale a pena.

Meus pensamentos vão mais longe. Faço uma retrospectiva da minha vida. Quero saber quando deixei de me amar para amar aquele homem que está ali, me penetrando com força como se fosse a última trepada da sua vida. Ele goza. Levanta-se para ir ao banheiro. Não importa se eu gozei. Volta já vestido. Diz que daquela vez não tomaremos banho juntos. Já é madrugada e ele precisa ir para casa. Visto a minha roupa. saímos do motel. Cada um para sua casa, suas vidas, como se nada tivesse acontecido. 

sábado, 7 de março de 2015

Habitações


Habita em mim o desejo por teus beijos.
Habita em mim o desejo por tua pele. 
Habita em mim o cheiro do teu corpo. 
Habita em mim a maciez da tua voz.
Habita em mim a ânsia do reencontro.

Habita em mim uma outra mulher.
Feita de desejo, cheiro, poesia e vida.
Habita em mim um outro tempo
Feito de maturidade, coragem e ousadia
Habita em mim tempos de liberdade
Feitos da liberdade que expresso.
Habita em mim a paixão que quer morada.

sábado, 10 de janeiro de 2015

Sobre fobias...

Burófobo, segundo a Academia Brasileira de Letras (ABL), é quem tem medo da burocracia da administração pública.

Exemplo: Você passa um ano e dois meses para resolver uma pendência burocrática com a desculpa de que o órgão é sempre muito cheio, tem filas e blá blá blá. Surge uma greve no órgão e você já vê mais um motivo pra prorrogar a resolução daquele problema.

Até que... Não tem jeito! Você vai ter que resolver o problema. Aí descobre que é possível resolver tudo pela internet, inclusive pagar as taxas do banco pelo aplicativo do celular. E todo sofrimento burocrático é resolvido em menos de quinze minutos.

O que você aprende com isso? Pois é, a burofobia é um atraso de vida.