quinta-feira, 24 de abril de 2008

Desconexo navegar de palavras

E eu fico por aqui. Bem aqui. Esperando um não-sei-o-quê. Só sei que espero. Talvez seja um oi, um alô, um te ligo meu bem, um adeus (Claro que isso não). Mas nada acontece. Onde está a estima? Fica tudo tão. Ah! A fase do tão. Tão silencioso. Tão vazio. Tão distante. Só depois a fase do mais. Quieto demais. Invisível demais. Imprevisível demais. Como se não houvesse vida ou ela tivesse se esvaído pelas finas mãos de quem cultiva um segredo. Sentimento? Algum? Tem quem que haver algum. Até os rudes os têm. E onde eles estão? Psiu! Talvez seja mesmo um segredo. Sentimento-segredo. Ou é medo de se revelar... E se esconder para quê? Não temos todo o tempo do mundo (Ele não! Deixe o fora disso. Não o culpe). A vida é para ser vivida (De novo ela). E isso é simples sim. Nós a complicamos. Imbuímos tudo de príncipios (O princípio é a norma?). Tentamos profetizar o futuro. Mas é o tempo o senhor soberano de tudo (Pronto, não tem como deixá-lo de fora disso). Ele é o soberano. Manda e desmanda na gente, meu bem. Não adianta. Estamos à mercê dele. A deriva no grande barco. Empurrados para onde ele nos leva. Conduzidos pelos ventos. E só então percorremos o oceano até chegar a terra firme. Não se engane, meu bem. Oceano não separa. Nos conduz à terra. Porque tudo é caminho. Basta querer que seja. Mas isso não depende só de mim. Depende de você também. O barco é grande demais para ser conduzido sozinho. É preciso que alguém olhe as velas, vejas as cartas, me oriente ou me desoriente. Que seja. Que a vontade seja feita. Porque tudo que eu quero é navegar. Navegar por inteiro. Ser totalmente inteira. Não há meio (Ou há?Ele não é apenas a mensagem?). Só existe o inteiro. Nada de se preocupar. Chegaremos inteiro ao outro lado. Basta navegar ao meu lado. Ser companheiro. Confiar. E juntos chegaremos. Enquanto isso, eu fico por aqui. Bem aqui. Esperando um não-sei-o-quê. Talvez seja o vento começar a soprar e me levar para ali. Fazer balançar as velas. Assanhar-me os cabelos. Ninar-me enquanto a lua é alta. Embalar os doces sonhos de quem muito sonha e tão pouco os realiza. Mas isso quem decide é o tempo senhor soberano. Então, que ele se faça presente. Não. Esqueça definitivamente essa história de passado.Também não é futuro. Vou repetir ,meu bem. Para que não esqueça. Não esqueça da frase. E só assim lembre-se de mim. Que o tempo se faça presente. Conseguiu entender? Que o tempo se faça presente. Deixe nos conduzir. Permita ser conduzido.

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