2017 foi ano em que o liberalismo se apropriou de vez o feminismo. Assim, se consolida a (falsa) ideia de que o mercado é capaz de dar liberdade para a mulher escolher explorar o seu corpo e ganhar com isso.
Como se o patriarcado e o capitalismo nos dessem a oportunidade de fazer escolhas. Que o diga o ano de 2016, em que golpearam a democracia e com ela vários dos nossos direitos.
No máximo, estamos tentando sobreviver à pobreza, à miséria, à violência, ao feminicídio, à cultura do estupro. Estamos lutando cotidianamente contra a mercantilização do nosso corpo, das nossas vidas, dos territórios. Ao avanço do conservadorismo sobre os nossos direitos.
Como escreveu Clarice Lispector: "Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome".
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