quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Libidinagem

Tua mão desliza pelo meu corpo em bytes, percorrendo um emaranhado de fios até conectar-se com o meu desejo e revelar todo o pudor não revelado. Despudorados. Extrai-me o sumo do prazer até o êxtase em um movimento de mãos rápidas e ágeis. Libidinosos.

Curva-se então aos arroubos preconizados do desejo, às marcas de uma liberdade que teima em se falsear e a satisfação íntima de um corpo que não se revela. Não se permite (Sussuros). Não se permite. Não se permite vivenciar o lado lascivo da vida e os desejos reais que podem se tornar mais reais ainda. Bobo.

Psiu! Precisa confiar mais em si mesmo, superar os resquícios do machismo sistêmico que impera e impõe as vaidades, as formas e as regras. Toda regra há excessão. É possível se querer o conteúdo mais do que a embalagem. São elas que são descartadas na sociedade onde tudo é (mas não deveria ser ) descartado. Descarte somente os preconceitos. Abra os olhos. Não me encerre com o seu silêncio. Permita-se. O seu desejo pode ser o meu.

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